Ultimamente tenho recebido dúvidas sobre os vínculos cármicos. Os questionamentos são naturais, justamente por ser um assunto ainda cercado de tabu. Embora o carma tenha a ver com destino procuro esclarecer que a vida atual não é determinada por uma causa anterior e sim, por nossas próprias escolhas atuais.
A diferença é até sutil sobre um vínculo cármico e o karma em si.
Isto porque um vínculo neste nível pode influenciar e alterar totalmente a caminhada de uma alma humana em sua encarnação terrena, enquanto que o processo cármico pode ser mudado pelo próprio esforço individual. Agora, quando a questão envolve outra pessoa, vai depender dela a mudança de rumo ou de postura diante da nova vida e neste novo relacionamento.
Ocorre que muitas vezes, aquilo que chamo de “contrato cármico” trata-se uma situação complicada e acaba “amarrando” uma pessoa na outra até de forma passional.
É quando um casal faz “juras de amor” em uma vida passada. Esse juramento tem que ser cumprido, mesmo que naquela vida anterior possa ter se “enganado” ou se “iludido” ou mesmo que tais juramentos tenham sido feitos com “chantagens emocionais” ou mesmo ter sido envolvido de forma “intencional” numa trama maquiavélica.
Na minha andança por esta longa estrada deparei com inúmeros casos – aqui no Brasil e no Japão – e confesso que não é fácil lidar com isso.
É complicadíssimo e muitas vezes, dramático. As consequências têm sido desastrosas para muitos relacionamentos que poderiam dar certo, mas os danos acabam sendo irreparáveis e podem levar vidas até que sejam consertadas.
Em compensação, a minha alegria é ter participado de muitas uniões felizes que permanecem até os dias de hoje. São de velhos amigos que mesmo não acreditando, seguiram alguns dos meus conselhos e foram abençoados por “encontros mágicos”. Ao olhar as fotos dessas pessoas maravilhosas, vivendo momentos sublimes com filhos e até netos, muitas vezes me vejo emocionado.
Voltando ao ponto do “nó” que trava as novas relações, quando há o envolvimento de terceiros, em muitos destes casos existem um “cordão energético” – igual ao cordão umbilical – unindo duas pessoas que se comprometeram a ficar juntos “para sempre”. E nesta vida atual encontrou outra pessoa – neste caso, a ligação aqui é da Mônada – onde o sentimento de felicidade é pleno e completo. Essa é a “eterna” busca dos seres de sexo opostos: encontrar a sua “alma gêmea”.
Acontece, porém, que um juramento tem que ser cumprido até que este acordo seja rompido. É como a formação de uma empresa, os sócios se comprometem a formalizar uma sociedade através de um contrato. Quando rompem esta sociedade é necessário que o contrato seja desfeito, caso contrário a empresa permanece ativa.
Então é necessário que tudo seja feito de pleno acordo. Se houver discórdia e conflito pode gerar uma disputa judicial. No contrato cármico, o ajuste deve ser feito nem que seja na outra encarnação.
Há vários casos, os que me chama a atenção se referem aos que terminam de forma trágica – passional - quando um dos cônjuges termina a relação através do homicídio.
Este ato desencadeia um ajuste cármico severo. Voluntariamente ou não após a passagem pelo mundo espiritual, o algoz retorna com a missão de devolver a vida à vítima. Mesmo que tenha sido do sexo masculino terá que voltar em um corpo feminino como a futura genitora daquela pessoa que uma vez foi sua própria esposa.
Esta ligação numa vida futura é complexa por existir a ligação afetiva gravada em sua memória inconsciente.
A observância de caráter, comportamento, atitudes e tendências demonstram este tipo de relacionamento. Um sentimento de medo e pânico costuma marcar profundamente este tipo de convivência.
Um lado sempre será o dominante. A quebra deste “elo de ligação” é dificultado pelo desejo de posse, que muitas vezes é confundido como “ciúmes”, o que não é o caso. A confusão gera um estado de desequilíbrio e pode causar o afloramento da tendência “natural” embutida no subconsciente de cada uma dos personagens envolvidos na trama.
Há também outra questão que envolve os relacionamentos entre dois seres... A magia negra, mas isto será tema para o próximo artigo.
Por enquanto ficamos aqui, o artigo anterior “Relacionamento a Dois - Uma reflexão” faz parte deste conjunto de textos que estou escrevendo sobre o Amor e o relacionamento conjugal. A princípio, pretendo postar apenas as situações. No final deste trabalho vou revelar uma série de eventos e causas que ocasionam os dramas que movimentam esta grande “novela” chamada vida.
Paz,
Shima.
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